Salt Magick
Salt Magick é o primeiro livro genuinamente brasileiro sobre Magia do Caos. Seu autor, Satananda, é conhecido no cenário neo-ocultista nacional por ser por muitos anos moderador da operação caótica conhecida como ‘Caos o Jogo’ (Uma mistura de jogo de RPG com treinamento mágico, em breve mais detalhes aqui no portal.) além da participação ativa em diversos grupos e listas de discussão.
De fato este livro nasceu como material de apoio para ‘Caos, o Jogo”, mas acabou desenvolvendo tentáculos próprios. Embora seja o primeiro grimório caótico nacional, não se trata de uma introdução ao assunto e pressupõe algum conhecimento que pode ser adquirido em outras obras. Assim, nas palavras do autor ‘Não se preocupe se algum conceito parecer muito estranho ou complicado, este não é um manual para iniciantes.’
Introdução e Agradecimentos
Este material ficou durante anos esquecido, passando de HD pra HD, de máquina pra maquina, junto com várias outras anotações e perdido em meio a teras de e-books e arquivos acumulados nestes últimos anos.
Meu encontro com ele foi casual. Na busca de algo que pudesse auxiliar no trabalho feito com jogadores-magistas em Caos o Jogo.
Procurava por algo que pudesse servir para magistas com pouca familiaridade com Magia do Caos e que fosse instigante para magistas mais
experientes que participam do jogo.
Encontrei a “Macumba com Sal”, como estava no arquivo original, cuja última atualização foi feita em 2004.
Percebi que este material teria boa aplicabilidade quando me dei conta de que ambos os elementos utilizados (água e sal) eram muito comuns e poderiam ser encontrados em qualquer lugar, a qualquer hora, desde que o magista estivesse em casa. O passo seguinte era torná-lo interessante para magistas experientes. Na ocasião em que fiz as anotações, utilizei as operações básicas de Magia do Caos, dentre elas, a popular sigilização. Para que fosse interessante aos experientes, retirei toda a parte do material “básico” e inseri as propostas mais recentes que tenho utilizado com sucesso nas minhas práticas.
Chegando a este ponto, terminei o trabalho e o batizei de “Salt Magick”.
Como este material tem por finalidade a utilização junto aos trabalhos feitos com os jogadores de Caos o Jogo, omiti propositalmente algumas informações. Tais informações são necessárias para que o jogador ingresse no jogo e, no intuito de estimular a obtenção destas informações por intermédio das orientações preliminares, contidas no ato da inscrição e logo após ele, não transferi para este material maiores detalhes.
Todavia, é certo que este material terá leitores que não são, não foram ou não serão jogadores de Caos o jogo. Para estes, minha dica: Leiam e pesquisem. Há uma vasta literatura na internet. Há muito material de autores como Austin Osman Spare, Peter J. Carrol, Phil Hine e Frater U.’.D.’. disponibilizados na internet. Há sites variados, fóruns como a lista “Kaos-Brasil” no Yahoo e comunidades do Orkut como “Magia do Caos” a qual modero desde 2005.
Um dos objetivos deste material é incentivar o leitor a pesquisar, procurar e buscar, por seus próprios meios, as informações necessárias para
que monte seu próprio quebra-cabeça. Por este motivo, fique feliz por não entender algo. Esse será um sinal de que há um novo caminho a trilhar e novas fronteiras a desbravar.
Por fim, sinto-me na obrigação de agradecer a todas as pessoas que me ajudaram com opiniões e na revisão. Estava um pouco desmotivado em editar este material e todos foram muito importantes nesta decisão.
Mesmo que pareça estranho iniciar este trabalho com uma opinião negativa, tenho que ser honesto em afirmar que o considerava um tanto pueril.
Creio que seja pelo fato de ter suplantado esta fase inicial, onde usava apenas o sal, e caminhado para uma proposta maior (que poderia chamar de “Crystal Magick”), com a utilização de ampla variedade de cristais.
Também estou muito envolvido com outro material que iniciei agora com o título de “Isto é CAOS!” (meme que criei há alguns anos) onde apresento uma proposta filosófica sobre meu entendimento a respeito de magia do Caos sob vários aspectos, inclusive psicológico e social.
Porém, conversando com alguns amigos, fui incentivado a editar um material com práticas e onde pudesse apresentar algumas novidades a
respeito de como estou desenvolvendo atualmente. Iniciando aqui uma “cronologia” e estabelecendo uma “ordem” mais específica.
Foi a empolgação destes amigos à respeito de algumas propostas que apresento aqui (Vivendi, Selamento, Sigilo-Decreto, Cyber-Yantra, dentre
outras) que me fez reavaliar o que pensava sobre sua relevância. Por este motivo tenho que agradecer muito a todos. Vou nomear alguns, já com a sensação de injustiça quanto a outros que por esquecimento, não estarão aqui.
Primeiramente destaco dois nomes fundamentais para a realização deste trabalho: A Bel (sempre tem uma mulher né…) que é uma eterna incentivadora, a quem tenho um carinho infinito e sei que sou correspondido e a Caronte III um amigo recente que fez um trabalho magnífico e voluntário na correção do texto. Muito obrigado a ambos pela inspiração e adequação desta inspiração em um texto coerente.
Ao meu professor, Master Choa Kok Sui, que me proporcionou o contato com outro aluno seu, J.R.R. Abrahão que, por sua vez, me apresentou os trabalhos de Peter J. Carrol e Phil Hine, onde tudo começou. Ao amigo Cleber e sua consorte Camila, casal de magistas que muito respeito. Aos amigos da lista do Yahoo “ Kaos Brasil” e da Comunidade do Orkut “Magia do Caos” (incluindo aqui cerca de 3.000 doidos irremediáveis). A
máfia do cotidiano: Cananéia, Lila, Reinaldo, Aléssio, Daniel, Theomagus, João Paulo, Iago, Dom, Rodolfo, Mordechai, Seletor, Azoth, Retículo, Ken Tzar, Frater K., Frater P., Hihipirate, Odysseus, Zed, Wsr, Fernandez, Zelinda e todos do Imagick, Mulheres gostosas da Wicca, Daniel Atalla, Eddie Van Feu, Fire, Thais, Bat, Feiticeira, Horus, Davis, George, os fãs do Slayer, Fãs do Pavarotti, Prof. Adhemar Ramos, as três marias do CAOS: (Mantis, Kat e Thaiz), Prof. Lucas, que cobra este material há dois anos, Ricardo Maffia, Prof. Carlos Rosa, praticantes de Yoga Arhática, Michael, Anita, “os 8 do círculo” em São Paulo, cabeçudos de Ribeirão Preto, morena do RJ que transei no carnaval de 1998 e que nunca mais vi, mas procuro até hoje, grupo de meditação de Poços de Caldas, Dra. Acaccia Barros, Franz Bardon,Helinho meu advogado, meu boxer Ozzy, meus peixes marinhos, meus filhos Jr. e Julia Claro que tenho que deixar um destaque aqui uma dedicação mais do que especial a todos os participantes, jogadores e mestres de jogos de “Caos O jogo”. É por culpa de vocês que saiu isso aqui. Bem feito! A lembrança sempre aos amigos da Teosofia, Rosa Cruz, Golden Dawn, Thelema, pastores e bispos da IURD e a todos os que leram tudo isso na esperança que seus nomes estivessem aqui e, vendo que não está, irão arrumar alguma forma de falar mal do livro e de mim.
E antes que me esqueça: Obrigado Z. pela minha primeira viagem de balão.
Como aproveitar ao máximo este material
Não há nenhuma exigência para a leitura deste livro, desde que o magista esteja ciente de que tudo o que resultará desta leitura será fruto de sua livre e espontânea vontade. Porém, se há uma orientação a ser dada, ela se resume em: Saiba ANTES de ler, o que realmente é Magia do Caos, caso nunca tenha ouvido falar a respeito. As dicas a respeito do assunto estão muito resumidas aqui.
Este material se resume em uma magick simples, onde utilizamos dois elementos básicos: o sal e a água.
Todo o trabalho é estruturado nos princípios da Magia do Caos ou Chaos Magick, e parte do pressuposto que o leitor tenha um mínimo de
afinidade com o assunto.
Aquele leitor que ainda não domina os conceitos básicos de CM como a “Técnica de Sigilização” de Austin Osman Spare deverá, primeiramente,
procurar informações sobre o assunto para que não queime etapas e se perca no processo.
Por outro lado, tanto para veteranos como para iniciantes em CM, o texto poderá ser bem útil, pois trata de novas propostas e novas alternativas dentro do que já é de amplo conhecimento da maioria.
É certo que o mago caótico, por sua natureza, sempre estará criando novas formas de abordagens dentro de tudo o que lhe é proposto. Mas a
grande dificuldade se encontra na aplicabilidade destas mudanças e, acima de tudo, no tempo necessário para que possa refiná-las. Em todos os casos, só há duas alternativas para testar a eficácia de seus empreendimentos: erro e acerto.
Nem sempre temos tempo ou paciência para inúmeras tentativas. Por este motivo, penso que este trabalho pode servir de incentivo para que os magistas que se envolvem com novos procedimentos possam compartilhar suas descobertas, de modo abreviar o trabalho de outros colegas. Ao longo de mais de duas décadas envolvido com magia, percebi que, a cada dia, aumenta o número de magistas no Brasil, e vejo isso com grande entusiasmo, porque somos um país com riqueza e diversidade espiritual e religiosa. Há no momento atual uma grande abertura para que possamos praticar magia, independente do preconceito e das resistências ainda presentes na nossa cultura, e bem menos impeditivas se comparado a outros países.
Percebo um número crescente de jovens com grande interesse sobre o assunto, e esse é outro sinal de que a magia no país terá um belo futuro pela frente.
O que tempos atrás era privilégio de pequenos grupos, quase sempre fechados, hoje se espalha para todos os lugares por intermédio da internet. Para um magista do Caos isso é uma grande vantagem, pois suas atividades são, na grande maioria, trabalhos solitários. Também há um grupo grande – e eu me incluo nele – de magistas que não se sentem compelidos a participar de iniciações, pactos, reuniões cotidianas e grandes celebrações. Nunca participei de uma magia caótica que tivesse acima de 15 pessoas juntas, sendo que, em 99% de minhas práticas, estou sozinho. Esta é uma das facilidades que me atraíram para este meta-sistema.
Outra questão, que sempre ressalto, é o fato de não haver necessidade de se acorrentar a nada, nem a ninguém. A liberdade proporcionada pela CM é algo que não se encontra em nenhum outro sistema.
A objetividade é igualmente importante. Desde o começo sempre ouvimos a frase “se não te serve, jogue fora” ou “se funcionou é bom”. Esta
praticidade faz com que a Magia do Caos se torne algo muito divertido e gratificante; ao mesmo tempo em que direciona o foco para algo realmente é importante. Sem firulas.
Estes pontos me fizeram um adepto da CM. Mas adianto que possivelmente minha abordagem difere da maioria.
Um amigo apelidou esta abordagem de “Magia Branca do Caos”. E isso se deve ao fato de eu eliminar alguns pontos que considero desnecessários. É uma abordagem pessoal, alguns concordam, outros não.
O que posso afirmar com segurança é que tem dado certo. E certamente não é mais difícil do que outros caminhos.
Acredito que todo magista deva pensar em magick como um complemento ou extensão de suas peculiaridades e temperamento. Não é inteligente impor uma abordagem que seja distinta da natureza do magista. Forçar algo que vai trazer incômodo e eventual perda da naturalidade e fluidez.
É por este motivo que não indico e não uso nenhum tipo de droga, lícita ou ilícita. Não digo que nunca bebo ou nunca fumo. Posso fazer isso algumas vezes por ano, em ocasiões especiais. Mas beber e fumar não são hábitos. Nunca sacrifiquei ou feri animais em magia. Tenho seguido, há muitos anos a dieta vegetariana, exatamente por compaixão aos animais. Não faria sentido matá-los ou feri-los em magia. Sou um homem que gosta de mulheres e não sou adepto da promiscuidade. Por este motivo, tenho algumas ressalvas quanto a magia sexual em grupo. Se não sou atraído sexualmente por homens, porque vou dar a bunda pra fazer magia? Se pratico meditações purificadoras regularmente, porque vou ficar enfiando meu pinto em qualquer uma por aí?
Quanto ao ataque a outras pessoas, amarrações do amor e coisas do gênero, tenho comigo que, a partir do momento em que faço uma magick para um inimigo, estou conferindo um “valor” a ele. Principalmente porque, para que uma magick atue, é necessária a ocorrência dos atos mágickos em uma relação extra dimensional em que objeto e agente devem se correlacionar. Com base neste ponto, estou criando no universo de probabilidades o sucesso do empreendimento ou o fracasso. Em resumo, posso prejudicá-lo ou não. Posso minar suas forças, mas ao mesmo tempo, interferir para que ele ative-as. Chega-se à conclusão que o magista estará, inevitavelmente, atribuindo poder ao objeto. Não é uma atitude sensata dar poder ao seu inimigo, aliás, não é uma atitude sensata ter inimigos. O mesmo ocorre com as amarrações e feitiços para atrair o amor de uma pessoa específica. Partindo da conclusão lógica de que se o magista já está sob forte influência da pessoa desejada, a ponto de fazer um ritual para que ela se aproxime, o próprio ato mágicko aumentará ainda mais esta influência. Isso só pode resultar no enfraquecimento do magista que passará então a ser subjugado por uma pessoa que, muitas vezes só terá alguns atributos físicos a lhe oferecer. Ao utilizar seu espectro psíquico em intentos mágickos de dominação de terceiros, o magista cria uma armadilha para si próprio, onde este espectro psíquico pode escravizá-lo e prendê-lo ao seu objeto de desejo a ponto de criar uma relação auto-obsessiva.
Muitas coisas boas aconteceram depois que entendi estes pontos. Mas adianto que, se o magista é cruel com animais, promíscuo, usuário
de drogas, homossexualmente devasso, vingativo e rancoroso, além de ser “paga pau” de qualquer “rabo de saia”, ele tem todo o direito de fazer o que quiser dentro destes paradigmas. O que estou apontando aqui é que existe a possibilidade de também se dar bem sem que necessariamente esteja vibrando em uma frequência destas.
Numa oportunidade futura, podemos abordar melhor estas questões. É importante que fique claro a intenção deste material. O foco não está
na magia em si. O objetivo não está em como é, mas em como se faz. Por isso, utilizei um exemplo que pode ser adaptado para muitos outros. Uma magick “genérica”, se é que podemos chamar assim. Salvo alguns materiais bem bacanas e didáticos de Zoakista, desconheço outros autores caóticos brasileiros que se dão ao trabalho e a coragem de expor seu métodos, formas de abordagens e modus operandi. Por tal motivo, um trabalho como este pode ser uma boa referência. A “magia do Sal” ou “Salt Magick” é pano de fundo.
Minha intenção está em descrever a ação sistêmica da construção e execução de uma magick.
Na primeira parte, apresento os dois elementos, sal e água. Faço um exercício que considero indispensável para a elaboração de qualquer magick, que nomeio alegoricamente de brainstorming, emprestando um termo muito utilizado nos processos de criação em publicidade e marketing.
É por intermédio deste exercício que são elencados os pontos relevantes que servirão de base para os trabalhos a serem desenvolvidos, e é
nesta parte que se deve concentrar a pesquisa mais pesada. Neste trabalho procurei não me aprofundar tanto em teorização para não ficar enfadonho. Por este motivo relato rapidamente alguns pontos que devem ser observados.
Desenvolvo aqui, de forma sucinta, algumas possibilidades que os elementos me oferecem. É surpreendente constatar que dois dos elementos
mais abundantes na natureza e, por consequência mais corriqueiros, são tão ricos em simbolismo e alusões. Boa parte do que está no brainstorming não irei utilizar nesta magia específica que apresentarei como exemplo, mas, como se trata de um “genérico”, quando elenco os pontos de cada elemento em questão, estou ampliando suas funções e aplicabilidade para que o magista possa aplicar em outras funções e para que se familiarize com este exercício.
O brainstorming é uma etapa negligenciada pela maioria dos magistas. Muitos deles, mesmo os veteranos, sequer utilizam o processo de “analisar as potencialidades” dos objetos e elementos que utilizam em suas magicks. Quando criei este método, a elaboração das magicks ficou muito mais simples e muitos elementos que imaginei serem necessários foram eliminados e outros incorporados.
A maneira com que apresento o brainstorming não é a forma com que executo quando monto minhas magicks. Muitas vezes, eu escrevo em um
cadernos apenas palavras e fragmentos de frases. Algo que somente eu vou entender. Porém, para que houvesse uma assimilação maior por parte do leitor, procurei dar sentido e forma as frases e relações que apresentei. Mesmo assim, fui alertado pelos revisores que o brainstorming carecia de fluidez no texto e que precisava concatenar melhor as idéias.
A minha postura foi mantê-lo como está para que ele pudesse ser uma descrição de um pensamento. E sabemos que pensamos diferente de como escrevemos. Procurei ser fiel ao modo com que estabeleço as relações no momento em que estou envolvido com esta agradável parte do processo de construção de uma magick.
Na segunda parte do trabalho eu tenho a magia propriamente dita. Neste ponto o foco está na descrição da prática, não mais na abordagem, mas no modus operandi. Vale ressaltar que não há receitas para um mago caótico. Não há regras, não há formulas prontas. Por este motivo, tudo o que está ali pode ser modificado, substituido, eliminado ou acrescido (sempre pela conta e risco do magista).
Na terceira parte apresento outra aplicação de Salt Magick para a criação de um oráculo. Adianto que as aplicações mágickas destes elementos
são infinitas e este trabalho é apenas uma faísca das possibilidades que podem ser exploradas. O principal mérito do que está aqui, consiste no incentivo e na apresentação das possibilidades encontradas na utilização destes elementos. E na apresentação dos meios utilizados para a construção de uma magick com eles. Os resultados e as ações que partirem deles ficarão por conta da imaginação e dos insights recebidos pelo magista durante e após a leitura.
Procurei eliminar uma parte do trabalho de pesquisa necessária ao leitor, apresentando, a título de ilustração, algumas macumbinhas inofensivas de almanaque, presentes em vários sites da net, apenas para inspirar e possibilitar um apelo mais “feminino” no projeto. Confesso que nem li todas na íntegra. Também inseri o material do Regardie para que não haja dúvidas sobre a questão do Ritual Menor do Pentagrama, também a titulo de ilustração. O magista pode usar outros banimentos como, por exemplo, o RGP. Claro que com dois cliques você chegaria a estes textos, porém, fica aqui a ressalva: Nem tudo o que está na net é bom e válido. Tem muita gente falando besteira e sem nenhum embasamento. Portanto: esteja atento!
E boa leitura.
Brainstorming: A Água
Nosso planeta e nosso corpo são formados em grande parte(não há vírgula) por água.
A utilização magicka da água parte do princípio da interação com esta âncora-mãe planetária e individual, como uma chave da partícula-gota (o ser humano) que se desprende do todo-oceano (o “mar de caos”). Inclui-se aí a
organização do elemento água como sugestão dos principais estados da chamada “matéria”, sendo base sólida, ponte fluídica e supra-presença etérica em seus estados sólido, líquido e gasoso.
Sólido
Na sua apresentação sólida, atua como sugestão de rigidez e base de sustentação dos pilares iniciais da criação de todos os posteriores processos de construção/destruição a que possam alicerçar. (parágrafo)Se salva neste ponto o paradoxo “rigidez e não atrito”, sendo o gelo e a neve mais escorregadios na medida em que mais se solidificam.
Com as alusões diretas às suas incidências em nosso planeta, (lembrando de suas observações em outros corpos celestes, como o planeta Marte, por exemplo) observamos as calotas polares, sendo estas localizadas nas extremidades “acima e abaixo” do globo. Numa análise entre os centros energéticos denominados “Sahashara” e “Muladhara” onde o planeta seria entrecortado por Kundalini Sakti. Complementando a proposta dual de “Céu e inferno”, “Céu e terra” e tantas outras.
Por fim e mais relevante do ponto de vista da proposta de nosso trabalho encontra-se no estado representativo do gelo a proposta de Frater U:.D:. em seu “Ice Magic”, clássico da literatura caótica de amplo conhecimento dos magistas e que resume, consideravelmente, a principal proposta deste estado em aplicabilidade magicka. Sendo seu “Ice Magic” algo bem diferente do que o nome pode sugerir (magia “do” ou “com” gelo), a lembrança é inevitável como falamos sobre este elemento. Por este motivo cabe uma pesquisa sobre os relevantes textos de Frater U:.D:. (inclusive seu “Practical Sigil Magick”)
Líquido
Em seu estado líquido, fica evidenciado o paralelo com os nadis. Os mares e rios. O próprio caos com infinitas alusões ao “Mar do Caos” e “Oceano do Caos”.
Os “rios que terminam no mar” como metáfora de que “Todos os caminhos vão a Roma” e que o caminho do magista, em sua busca pessoal, acabará, por si, como uma busca final de encontro a este caos oceânico.
Sugere-se uma moderada evolução deste estado em relação ao anterior. Tal qual Excalibur que, presa a pedra (sólido), é também presenteada a Rei Arthur pela “Dama do Lago”. Sendo então o líquido uma redenção. Um degrau acima na obtenção da conquista de uma espada brandindo ao vento.
A fluidez e a constância de quem “bate até que fura”. A ilusão e impermanência provocada por aquilo que “escorre entre os dedos”. Somos agora uma camada onde se processam as sinapses e reações químiconeurológicas e aqui temos a força das turbinas das hidrelétricas com os desvarios da natureza em tempestades, enxurradas, enchentes e tsunamis que tudo levam, tudo arrastam, tudo destroem. Temos a água que lava e leva. Mas a mesma água que bate, passa e corre.
Longe de sua solidez, ela toma vida e ação multiprocessual e sistêmica. Tomando a sua onipresença como algo que envolve o exterior e o interior, ampliando seu espectro de macro-planeta para micro-corpo. Como contraponto ao fogo, seria promotora de um insuspeito equilíbrio de Pandæmonium onde, do seu interior, no âmago do fogo planetário em que Gaia, a mãe-terra, estaria grávida do Sol, cuspindo em sua superfície as labaredas de lava incandescente que resfriam em contato com o líquido, tornado-se sólido para novamente atingir seu estado primal.
O “Solvente Universal” remete aos fluídos de todas as magias. Desde os próprios da linhagem “Solvet Et Coagula”, os fluídos sexuais (virginais ou não), o simbolismo alquímico em amplo espectro e todo o processo de mutabilidade das formas, sejam elas provocadas, provocantes ou provocadoras. Aplica-se ao estado líquido a maior e mais variada gama de inter-relações, sendo a natureza multimodal de seus aspectos, o ponto de partida para o início de seu entendimento
Gasoso
Aqui entramos no paradigma do Prana (ou chi, ki, mana, etc). Estamos na “transcendência” onde viemos do líquido, para voltar a ele. Ou viemos do sólido para voltar a ele. Nunca se pensa no emanante. Seria o estado primal da água o gasoso? Sendo ele o mais etéreo, conclui-se como meta final e, logo, como inicial. Em dois paralelos, seria o máximo e o mínimo. Um câmbio. Somos jogados para um lado e outro como quem ainda não adquiriu sua maturidade ou como quem ainda não assimilou o peso desta maturidade.
Neste estado de sutileza e volatilidade, somos mais leves, porém mais suscetíveis a todas as intempéries. A molécula mais “espaçada” adquire uma abertura, uma amplidão e não mais é importante a interação e ação em si, mas sim a referência.
É o fruto de todos os caminhos anteriores que norteiam nosso futuro/presente. Somos um presente real, dinâmico, mas nunca estivemos tão sujeitos aos acontecimentos passados.
A ideia de carma e de consequência é irrefutável. E aqui é agora o umbral. Neste estado estão os fenômenos psíquicos e todas as manifestações extra matéria densa, sejam elas as mais comuns como as constituições energéticas do corpo físico (aura e chakras) e suas constituições etéricas, mais sofisticadas como o invólucro multidimensional da matrix.
O estado gasoso é demasiado rico e complexo, porém, nesta breve ilustração sobre o trabalho específico, destacaremos mais o estado líquido, por ser a fonte física utilizada. Em uma oportunidade futura, posso me alongar mais nas descrições do sólido e gasoso. Bem como desenvolver algo magicko a respeito
Brainstorming: o Sal
Estamos frente ao cristal mais abundante no planeta. Ao menos de forma individualizada.
É redundante apresentar este elemento aos magistas.
Desde Platão que se considerava o sal uma “substância cara aos deuses”, este componente é associado à magick. Dele advém atribuições de toda sorte, e com igual relevância.
Partimos de sua atávica ligação com Blue Magick, quando sua relação com o “salarium” da Roma Antiga ainda hoje está encravada entre o paralelo da Estrada de Jacó com a Estrada de Sal, por onde passavam os mercadores.
Seria a busca financeira uma correlação com a busca espiritual por intermédio destas duas vias?
Sua utilização em Helth Magick remonta há milênios, quando utilizado para a conservação de carnes em geral. Nesta área, sendo base dos magick mirrors e com grande referência a magias de Glamour, quando egípcios usavam-no para a confecção das múmias dos faraós. Sua utilização ampla em war magick e auto defesa psíquica trazem de volta os tempos em que era utilizado como oferenda em rituais variados, e quando eram utilizados como fonte para espantar os “maus espíritos”.
O sal é elemento indispensável na “cozinha” Wicanna e esta religião, tratada com preconceito exagerado por parte de alguns magistas (lamentavelmente), apresenta propostas variadas sobre sua utilização.
Para nós brasileiros, amalgamados com a união das religiões ocidentais, mais ritualísticas (na linha “cerimonial” como a missa cristã), com as religiões afro, igualmente ritualísticas, porém mais ligadas às vertentes xamânicas como as danças, celebrações e utilizações de inúmeras quinquilharias da natureza, o
sal torna-se lugar comum.
Todos nós já tivemos, em algum momento, uma ligação magicka com este elemento.
A utilização deste elemento em nossas vidas se assemelha a água em sua constância e é, juntamente com ela, a constituição maior do corpo humano em sua sustentação, como já sugere a ingestão de “sais minerais” em sua forma genérica.
Um elemento tão rico, de tão variada aplicabilidade, confere um lugar de grande destaque, de grande nobreza entre os elementos básicos de construção mágicka.
É notada a sua ausência em escritos caóticos. Mas ressaltam-se aqui dois pontos:
1- Uma certa dificuldade entre os escritores gringos, na assimilação de ritos que se encontram distanciados da escola wicanna e thelêmica, bem como as escolas europeias de magia cerimonial e das sociedades e ordens em geral.
2- Temos a vantagem (e sempre ressalto este ponto) da convivência diária com os cultos afros, que nos permitem uma abrangência maior e mais embasada quando utilizamos elementos ligados a natureza como ervas e plantas em geral, bem como os condimentos e elementos da culinária, fauna, flora e folclore local.
Destaco agora a presença do sal como um corolário magicko popular muito comum na nossa cultura.
Apenas como ilustração, apresento algumas das utilizações deste elemento. São pequenos textos pinçados da internet. O objetivo é exclusivamente voltado para ilustração.
“Tempero” de limpeza da casa:
Copo de água com sal atrás da porta de entrada da sua casa.Coloque água dentro de um copo de vidro e junte-lhe 3 pitadas q.b. de sal refinado.
Coloque o copo atrás da porta de entrada da sua casa e troque a água todas as semanas, deste modo a sua casa será limpa das energias negativas.
Harmonização do lar:
No início do mês, comece por limpar da sua casa as inutilidades (objetos, roupas que já não usa, revistas…) e consequentemente as energias a elas agarradas. Coloque um pouco de sal pelos 4 cantos de cada divisão da casa. No final do mês, no último dia, recolha todo o sal. Num pano branco “virgem, ou seja, nunca antes usado, coloque o sal juntamente com uma fotografia de cada um dos habitantes da casa. Feche o pano, dando-lhe sete nós. Atire para a água, seja água de rio ou de mar, mas esteja de costas quando o fizer, e depois de fazê-lo não olhe para trás.
O banho com água e sal:
O banho de sal grosso é o chamado “descarrego”. É recomendado para eliminar as toxinas, porque o sal anula o excesso de energia, e limpar a sua aura. Quando esta está saturada o sal a recompõe rapidamente. Comece por
tomar o seu banho do costume. Passe então pelo seu corpo a água com sal previamente preparado (pode ter um balde com o preparo ao lado do chuveiro) para não ter que interromper o banho. Dê especial atenção á zona do seu umbigo, pois aí se localiza o seu chakra solar, e é a zona do seu corpo por onde é absorvida a maior quantidade de energia negativa. Tome um segundo banho de chuveiro para retirar o excesso de sal. Para se enxugar dê batidinhas de leve com a toalha e se vista preferencialmente com roupas claras.
Faça este ritual uma vez por mês.
Banho com sal e arruda:
O banho com sal e arruda é um banho de descarrego de energias negativas. È ótimo quando têm vários sintomas de excesso de “peso espiritual”, que se traduzem em fortes dores de costas, má disposição, sempre com sono, dores de cabeça. Como fazer: encha a banheira com água bem quente;queime um incenso a seu gosto para purificar o ambiente; deite dois punhados de sal grosso dentro da água, e deite o líquido resultante de uma infusão de arruda para dentro da banheira. Deite-se dentro da água e relaxe. Fique o tempo que quiser. Vai ver aquele “peso” a ir-se embora. Tome em seguida a sua ducha normalmente, vai var que estará muito mais leve.
Banho com sal e outros para retirar a negatividade:
Como fazer o preparado para o banho: 4 Lt água; 2 punhados de sal grosso; 2 dentes de alho roxo cortados em cruz, 5 galhos de arruda fêmea e 5 de arruda macho. Faça esta mágica em lua minguante.
Ferva a água juntamente com os dentes de alho previamente cortados.
Depois, macere a arruda até estar desfeita e junte-a á água fervida. Misture então o sal. Deixe arrefecer e coe. Tome o seu banho habitual e depois passe aquele preparo do pescoço para baixo. Passadas pelo menos 2 horas tome
uma ducha para retirar o “banho mágico”.
Magia com sal para anular feitiço:
O que é preciso: 1 pano branco; 1 vela negra; 1 tigela de vidro; sal grosso; sal fino.
Na primeira noite de lua minguante, coloque a vela na tigela e ponha um pouco de água dentro (um dedo). Acenda vela negra e diga 3 vezes: “Lua de partida, leve os feitiços de minha vida”
Depois coloque dentro da tigela, à volta da vela, um punhado de sal grosso e diga, 3 vezes: “Com o cristal de sal, que se desfaça o mal”.
Depois, sobre o sal grosso, coloque o sal fino, e repita 3 vezes: “Sal sobre sal, calor com calor, aquele que me fez mal, que sinta a sua dor”. Deixe a vela arder até ao fim. No entanto depois dela se apagar ficará um pedacinho.
Esse pedaço juntamente com o resto do sal, você o coloca dentro de um pano branco nunca antes usado. Fecha o pano dando-lhe 7 nós, e manda tudo para a água do mar ou do rio, pedindo para as “águas da justiça lhe tirar todo e qualquer feitiço”. Sai dali não olhando mais para trás.
Amuleto com sal para afastar inveja do seu dinheiro:
O que é preciso: 1 saquinho de tecido verde, 3 moedas douradas, verniz incolor, uma toalha de banho vermelha, água corrente e sal grosso.
Faça da seguinte forma: facilmente arranjará as moedas douradas nas feiras junto dos vendedores de moedas ou nos antiquarios. Dê preferência as maiores, e mais antigas. Você deverá começar por limpá-las. Seguidamente, as moedas mágicas deverão ser preparadas para se energizarem afim de cortarem a influencia negativa da inveja. Assim passe-as abundantemente por água corrente, esfregando-lhes sal grosso. Coloque-as ao sol para secarem, sobre um pano vermelho. Aplique então o verniz nelas.
Guarde então as suas moedas mágicas no saquinho de tecido natural verde e mantenha-o dentro de sua mala ou carteira. O amuleto é seu e de mais ninguém! Não deixe que outra pessoa lhe toque ou veja as moedas.
Amuleto com sal para afastar inveja de sua casa:
O que é necessário: 1 lenço branco, 7 sementes de romã; 7 sementes de melancia; 3 dentes de alho com casca.
Deite tudo dentro do lenço e dê-lhe 7 nós (3 com 2 pontas, 4 com as outras 2).
Coloque-o dentro de sua casa dentro de um vaso. Deverá trocá-lo anualmente, no dia dos seus anos.
Uso do sal para limpar talismãs e amuletos:
Dependendo do material, existem várias formas de limpar os nossos amuletos e talismãs. Para limpar o amuleto basta deixá-lo em água corrente.Mas também pode deixá-los em água com sal grosso, ou deixá-los sob a chuva. Caso o seu amuleto não possa ser molhado, então o ideal é colocá-lo dentro de um prato com sal grosso.
O Poder Afrodisíaco do Sal:
Poder afrodisíaco do sal? Certos povos antigos atribuíram ao sal poderes afrodisíacos e acreditavam que sua carência reduzia a potência sexual dos homens.
Uma gravura satírica francesa do séc. XVI mostra diversas mulheres debruçadas sobre seus maridos sem calças e aprisionados em barris, ao que elas esfregam vigorosamente com sal as suas partes íntimas.
Salt Magick: A Água com Sal
Chegamos então aos materiais utilizados em nossa magick. Destacamos até agora, alguns pontos onde embasamos nosso foco de atenção.
Como forma pessoal de desenvolvimento de meus trabalhos em magick (desde já adiantando que isso não é regra), procuro desdobrar todos os detalhes dos componentes que a compõem.
Ressalto aqui que, após inúmeras tentativas, comecei a obter um grande êxito com minhas magicks depois que descobri este método.
Não tenho o menor receio em afirmar que, até bem poucos anos atrás, eu colecionava muito mais fracassos do que êxitos em meus trabalhos. E creio que não seja apenas culpa de minha incompetência, mas principalmente porque sempre perseverei muito. Sempre pratiquei muito. Hoje, depois de afinar bastante meus métodos, começo a equilibrar esta balança, obtendo um número bem maior de sucessos do que fracassos. Sendo o “fracasso” o que considero a não satisfação de 100% dos objetivos almejados. Porque, há muito tempo, aprendi que não há fracassos em magick.
Por este motivo, apresentei o brevíssimo exercício de brainstorming acima como uma base inicial do desenvolvimento dos meus trabalhos, que inclui esta parte relevante de elencar todas as probabilidades que os elementos me oferecem, abrangendo as pesquisas (mesmo as consultas ao Google) variadas e a busca nas associações e fragmentos de minha própria psique.
Neste sentido, a busca por este entendimento associa-se ao complemento das ilustrações.
Como mago caótico, fica claro para mim que o caminho na individualização dos procedimentos magickos é o ponto crucial na realização de qualquer trabalho. Isto subentende todos os atos magickos que incluem desde um simples sigilo, até trabalhos mais intrincados e elaborados.
Tenho comigo que este procedimento pode servir para muitos como um ponto de partida, posto que é uma forma de se atingir uma profundidade maior no processo, adicionando mais deste substrato psíquico fundamental para os trabalhos em magick.
A união dos Elementos
O ponto de partida, o insight inicial que me trouxe ao início do desenvolvimento de Salt Magick está no “depósito de líquido psíquico” de Master Choa Kok Sui, apresentado no seu mais famoso livro “Milagres da Cura
Prânica”. Nele o sal “quebra ou transmuta” e a água, “segura ou puxa”. E então temos aí um grande ponto de purificação. Há mais de 10 anos utilizo em cada cômodo de minha casa e de minha empresa uma pequena bacia de água com sal a qual sempre faço manutenção periódica.
Esta manutenção nada mais é que a troca da água a cada 3 dias em média, ou desde que o sal apresente modificações.
Um procedimento que ajuda a manter estabilizada a energia chi (para quem lida com as técnicas de Feng Shui) e que estabelece uma relação de limpeza etérea geral.
Ao menos para mim, funciona muito bem.
Caso tenha interesse em experimentar, fique atento para que não tenha contato com esta água. Imagine que ali se encontram “fezes” psíquicas. Portanto, se derramar no chão, se tocar ou derrubar em algum lugar, o magista deve procurar limpar imediatamente a área com álcool, se utilizando de um borrifador.
Em outro aspecto temos a utilização em larga escala destes elementos juntos. É desta mistura que é confeccionada a “água benta” antes de ser consagrada. Qualquer magista pode confeccionar sua água benta, basta estabelecer esta mistura e consagrá-la da forma que lhe convier. Uma água como esta pode ser confeccionada como apoio para Blue Magick, onde o magista consagra o sal e água para a multiplicação financeira, borrifando em todo o dinheiro que manuseia ou em sua carteira, por exemplo.
Como catalizador e transmutador, podemos utilizar magicks para cura, eliminação de problemas ou hábitos indesejáveis.
Vou apresentar aqui uma magick “genérica”, onde o magista poderá adaptar em inúmeras finalidades. Eu utilizarei um exemplo simples, mas colocarei nele todos os elementos que um magista poderá utilizar em várias magicks com possibilidades diversas.
Nele trabalharei com o que batizei de cyber-yantra, que ultimamente venho utilizando muito. Apresentarei o sigilo-decreto que também criei recentemente (cerca de dois anos e que me ajuda muito) e outras técnicas que
desenvolvi e quero compartilhar.
Não há registros desta magick em nenhum lugar da net, nem mesmo em meus sites, comunidades etc. Portanto, se virem por aí será alguma espécie de cópia ou algo parecido, porque o material é completamente inédito. Por este
motivo, considerem apenas o que está aqui neste trabalho, que será a fonte de tudo.
Não posso responder por pessoas que utilizam do meu nome ou de meus trabalhos de forma a prejudicar terceiros.
Mas lembre-se: Não há bulas ou receitas prontas para um magista do caos, e o que está aqui é apenas UMA forma de se fazer, mas que deu certo, ou em outras palavras, que foi testado e aprovado. Você não precisa fazer desta forma, e pode descobrir maneiras ainda mais eficientes para atingir seu objetivo.
Obs.: Apesar de ter emagrecido mais de 20 quilos utilizando Salt magick para perda de peso, vou criar um exemplo para abandonar o vício do cigarro, para que fique impessoal.
Salt Magick Dealing
Objetivo: Eliminação do vício em cigarros
Lista geral de procedimentos
– Criação de sigilo-decreto mântrico
– Obtenção de Cyber-yantra.
– Consagração dos materiais e lançamento.
– Selamento.
– Vivendi.
– Fechamento.
Criação de Sigilo-decreto mântrico para a água e o sal
Neste material vou apresentar apenas a criação do sigilo decreto mântrico. As outras variações serão apresentadas na produção do livro impresso.
Um sigilo em si, já é um decreto. Mas o sigilo-decreto potencializa o sigilo direcionando-o como forma-comando a um objeto de criação mágicka.
Portanto, ele se torna diferente de um sigilo comum neste aspecto.
Com o tempo, ficará mais fácil entender a construção de um sigilodecreto, porque eu facilitei o processo, criando a inserção da “chave-mantra” que, com o tempo, se torna automática. Como ela estará presente em todos os
sigilos-decretos, basta adicionar o mantra à frase obtida com o conteúdo do desejo a ser alcançado. É ecessário atenção para entender este procedimento. Caso tenha alguma dúvida, volte e releia até que esteja bem familiarizado.
Para montar um sigilo-decreto, vamos inserir palavras que normalmente não são utilizadas nos sigilos comuns.
As principais são “Eu decreto” e “que assim seja” ou “amém” ou “omen” ou “namastê”.
O procedimento para montar a chave-mantra é o mesmo procedimento que o magista está habituado ao montar um sigilo convencional. Ele vai reduzir as palavras, cortando as letras repetidas e formar outras palavras.
No meu caso, faço relações com letras que interagem dentro de sistemas específicos como, por exemplo, as letras que possuem o mesmo número na tabela numerológica cabalista ou pitagórica.
IMPORTANTE: Para maior entendimento deste processo, o magista deve ter familiaridade com a construção de sigilos do modo “convencional”. O Sigilo-decreto é um aprimoramento do modo convencional do sigilo. Antes de dirigir um carro de Fórmula 01, é necessário aprender a dirigir carros. O magista que não conhece o modo convencional de lançar sigilos deve praticá-lo por um período antes de começar a utilizar o sigilo-decreto. Não há problema em substituir o sigilo-decreto pelo sigilo convencional para a realização de Salt Magick, especialmente se o magista ainda não domina a técnica de sigilização com segurança. Neste caso, é melhor que tenha uma prática maior.
Como já ressaltei,este material é destinado a magistas que já possuem alguma familiaridade com os procedimentos básicos da Magia do Caos.
Primeiramente, descrevo como cheguei à chave-mantra. Mas adianto que parte do processo não será necessária na construção de outros sigilosdecretos porque é fixa, ou seja, em todos os sigilos-decretos, o magista irá utilizar a chave-mantra, inserindo apenas as palavras relacionadas ao desejo expresso no sigilo.
Primeiramente vamos à construção da chave-mantra:
Como disse, o sigilo-decreto tem como força motriz a utilização das palavras:
“EU DECRETO” e “OMEN” (ou “amém”, “que assim seja”, etc.) Utilizando a redução destas palavras temos: EUDCRTOMN
Que, melhor rearranjada, vira: DEMUCRONT
Neste ponto, por associação numerológica, com vistas a potencializar e relativizar o mantra, chegamos a chave-mantra: TROCUM
Eu sempre utilizo a chave-mantra como ponto de partida nos sigilosdecretos. Ela passou com o tempo a se tornar muito poderosa em sigilosdecretos de transmutação. Até mesmo pela sugestão da palavra em “trocar” uma coisa ruim por uma boa.
Continuando com o sigilo-decreto, temos o restante da frase (e aqui apresento o segundo diferencial do sigilo decreto): Ele é uma ordem. Nesta utilização, será uma ordem ao objeto a ser consagrado. Neste caso, vamos consagrar a água e o sal.
Faremos dois sigilos-decretos para que cada elemento tenha a ordem (comando) e a obrigação de cumpri-la.
Para a água, como elemento base para a lixo psíquico, faremos um decreto desta forma:
(Eu decreto) que você irá reter (ou atrair, ou puxar, ou sugar) todo o meu desejo (ou vício, ou compulsão) pelo cigarro. Omen. (ou assim seja ou namastê, ou omem)
Eu procuro construir frases simples e curtas, mas você pode complementar com algo como “e concentre em cada molécula dos cristais do sal este vício para que ele o desintegre.” Percebi que, quando somos mais objetivos, temos melhores resultados. O magista deve sempre estar atento para que não utilize muitos comandos na frase que expressará seu desejo.
Para melhor visualização, repetiremos a frase:
Eu decreto que você irá reter todo o meu desejo pelo cigarro. Omen.
Como já temos a chave-mantra, não temos mais necessidade da utilização das palavras “Eu decreto” e “Omen”;
Então, eliminando a chave-mantra do comando do decreto, ficamos com: QUE VOCE IRÁ RETER TODO O MEU DESEJO PELO CIGARRO
Cortando as palavras repetidas chegamos a: QUEVOCIRATDMUDSJPLG
Que resultaria em algo como: QUEVIRADSJPLG
Juntando com a chave-mantra, nosso sigilo-decreto (mântrico) para o sal fica assim:
TROCUM VIRA QUE JOPALOGS
Neste ponto temos a construção do sigilo-decreto completo para a água. Para que não haja dúvidas aos veteranos: O sigilo-decreto usa sempre uma chave-mantra a qual, depois de alguns testes, descobri ser o mantra TROCUM a mais poderosa. Porém, como sempre, a utilização desta palavra não é uma regra. Lembro que o mantra TROCUM representa o início e o fim do sigilo-decreto podendo ser inserido em qualquer ponto da frase-mantra final.
Para a construção do sigilo-decreto que dará o comando ao sal repetimos o mesmo procedimento que utilizamos para a água.
Com base no “desintegre”, podemos dar um comando parecido com “Eu decreto que você desintegre todo o vício de cigarro. Que assim seja”.
*Observação: Ao término do decreto, você também pode utilizar a frase “da forma com que eu quero e desejo” ou algo parecido Termina aqui a primeira etapa que é a criação de um decreto-sigilo para a água e o sal.
Obtenção do cyber-yantra para a água e o sal
Como uma forma de dar um passo além na construção de glifos e fugindo um pouco da tradicional forma de construção de sigilos pictográficos, eu tenho utilizado cyber magick. Porém ressalto que, no início as dificuldades foram grandes e o magista deve abandonar esta técnica se não conseguir se adaptar depois de algum período.
Como o aprendizado convencional do sigilo pictórico é muito rico, será difícil chegar ao ponto de abstração necessário para migrar para este procedimento. A construção do glifo, no modo tradicional, pode seguir orientações variadas. O magista pode construir um glifo com as palavras do sigilo mântrico ou pode também eliminar o sigilo mântrico e utilizar um glifo montado diretamente com as representações visuais do intento, por exemplo. Porém em qualquer caso de obtenção do sigilo pictórico, ele sempre terá uma relação direta com o intento. Com o Cyber-Yantra isso não ocorre de forma relacionada. Cabe ao magista esta relação e esta é uma tarefa que nem sempre será simples. O magista precisará se esforçar para estabelecer esta relação e terá que ter total segurança na eficiência de suas conclusões. Por este motivo, o início dos trabalhos com o Ciber-Yantra são bem difíceis, porém nada melhor que um desafio para estimular um bom magista.
Cyber magick, em si, será assunto para uma próxima publicação, não vou me estender aqui, mas quero adiantar ao menos uma parte, como estou desenvolvendo meus trabalhos atualmente. Por este motivo estou integrando a obtenção do glifo com a técnica que batizei de cyber-yantra. Sempre lembrando que, caso o magista não tenha prática na construção de glifos, é necessário seguir a prática convencional para a utilização nas primeiras magicks.
No meu caso, utilizo para a obtenção de CY’s a ferramenta STUMBLE! que é um complemento do Firefox.
O magista pode obter maiores informações entrando em: http://www.stumbleupon.com
Ao menos para mim, esta ferramenta é fantástica, porque fornece de forma randômica um site diferente a cada clique. Desta forma, abrem-se infinitas possibilidades para a realização de magicks. O Magista que conseguir o mesmo resultado de outras formas está a vontade para eliminar a ferramenta stumble! Vou sugerir apenas uma forma de utilizar aqui. Uma bem simples. Para facilitar vou montar o CY a partir do sigilo-decreto mântrico:
– Conte quantas letras existem em cada mantra, por exemplo, no mantra da água (TROCUM VIRA QUE JOPALOGS) existem 21 letras reduza para 2+1=3.
– Vá até o Stumble! e dê 3 cliques
– No site que abrir conte as três primeiras palavras ou as 21 primeiras.
– Na minha experiência realizada agora encontrei a palavra, na verdade, o número romano: “XLIV”
– Vá até o Google (ou outro buscador) e digite esta palavra na busca por imagem.
– Vá até a terceira imagem ou 21ª
– Este será o glifo para o sigilo-decreto da água.
– Imprima em um papel amarelo e repita o processo para o sigilo do Sal
Uma observação importante sobre o Cyber-yantra: Desde quando criei este método, tenho notado que ele é altamente “poderoso”, do ponto de vista de “gravar na mente”. Meus primeiros CY’s, eu não consigo tirar da mente até hoje, por mais que queira. Por este motivo estou hoje trabalhando no sentido de modificá-lo no photoshop através de algum filtro. Sei que alguns não têm muita afinidade com o photoshop. Neste caso é preferível imprimir uma página, picotar tudo, remontar aleatoriamente a pagina em cima do scanner e reimprimir a página picotada. Utilizar a imagem direta é algo que pode atrapalhar o período em que “apagamos” o glifo de nossa memória.
Outra alternativa é abrir a imagem no paint, aumentar e utilizar uma parte qualquer dela. Uma pontinha ou um detalhe qualquer, mas que não tenha uma forma específica, principalmente se for um rosto. Pegue um trecho de algo que não possa ser identificado.
Para os magistas veteranos, esta técnica vai ser surpreendente, porque será muito mais poderosa do que o glifo feito a mão. A visualização pela tela do computador utilizando-se a técnica de acender-apagar rapidamente será muito mais fácil também. Mas é muito importante que se trabalhe sempre com imagens disformes como um fractal da imagem matriz. Imagens inteiras só devem ser utilizadas se forem fáceis de serem esquecidas. Porém, ao executar esta magick, será incrível observar as “coincidências” e correlações obtidas.
Carregamento e lançamento
Chegamos ao ponto mais simples e mais fácil do procedimento. Adianto que, nenhum ponto deve ser negligenciado.
Todos os procedimentos devem ser executados observando o chamado momentum o que significa que o magista deve se esforçar para que tenha atenção total a todos os passos.
Não há momento “especial” no procedimento.
Desde o brainstorming até o último passo, o magista estará envolvido em um grande ritual.
Um verdadeiro ritual deve ser uma grande celebração, portanto, tudo o que pode ajudar o magista a se integrar em sua prática é relevante.
Uma boa música, de preferência as clássicas são bem vindas. Um ritual acompanhado pelo andamento de uma grande ópera torna-se algo sublime e corta a ligação do “cotidiano” onde não temos o hábito de ouvir óperas em todos os cantos. Musicas ruins são piores que silêncio. Um bom incenso pode ajudar muito. Durante muitos anos eu só utilizo um tipo de incenso que é o incenso de sândalo, comprado da Amorc de Curitiba que é o mais puro vendido no Brasil. Incensos ruins liberam alcatrão e atrapalham o ato mágicko. O magista pode utilizar um incenso relacionado ao seu intento, mas, se não quer errar, use sempre o incenso de sândalo.
Temos agora o sigilo-decreto decorado e o papel impresso com o cyberyantra do sal e da água. Vamos ao carregamento e lançamento:
– Providencie um recipiente vazio onde irá despejar a água e o sal.
– Tome o recipiente com sal em sua mão.
– Efetue o Ritual menor do pentagrama ou qualquer banimento ou abertura de trabalho mágicko decente.
– Gnosis (concentração profunda).
– Traga o sal próximo a boca e comece a recitar o mantra com bastante lentidão e calma, de forma ritmada e uniforme. Neste momento o pensamento é de “dar uma ordem”. É um decreto, não se esqueça! Procure impregnar o sal com este mantra. Procure imaginar que este mantra invade todas as partículas do sal.
– Coloque o CY do sal a sua frente, bem próximo dos olhos. Se tiver na tela do computador ou em uma folha, o magista deve fechar os olhos e abrir rapidamente sendo que, no momento em que fecha os olhos, a imagem deve
ficar o máximo tempo possível retida. Até que consiga, por alguns segundos, ver a imagem com os olhos fechados.
– Continue entoando o mantra do Sigilo-Decreto do sal.
– Coloque o CY no recipiente vazio em que despejará a água com sal e despeje sobre ele, lentamente o sal com as mãos. Retirando o sal do seu recipiente e jogando o sal no recipiente vazio onde o magista depositou o CY do sal e onde, depois, irá despejar a águia. É importante que tenha umas “duas mãos” de sal (cerca de 300 g) e que o recipiente onde colocará a água com sal seja uma bacia com tamanho aproximado do diâmetro de um prato ou maior.
– Repita o Mantra até que o sal tenha coberto todo o CY dentro do recipiente.
– Passe para a água e repita todo o processo. Utilizando o mantra da água e coloque o CY da água sobre o sal antes de despejar a água no recipiente em que despejou o sal.
– Os dois CY estarão molhados ao final. Não se preocupe.
– O recipiente deverá estar com água até um pouco acima da metade.
– Depois do batismo dos CY, você retira-os com cuidado para que não rasguem. Mas não há problema se rasgar. Separe-os e deixe-os em algum lugar onde estejam em contato com a terra e o sol. Ou, se morar em apartamento, deixeos em contato com o sol ao menos, prendendo-o na janela ou área de serviço. Eles devem “quarar” no período do Vivendi (vide vivendi abaixo).
Selamento
Normalmente, este procedimento não é utilizado por magistas. Como em sua maioria as magicks são rápidas e tem um começo, meio e fim durante o período da prática, o selamento se torna desnecessário. Porém no nosso caso, será necessário o selamento, devido ao período em que utilizaremos a magick “aberta” ou seja, o período que não estaremos envolvidos com o processo do ritual, mas ela estará em atividade. Batizei este período de Vivendi.
Neste período, a magick será constantemente “potencializada”. Por este motivo, o selamento irá colocar um “ser” para que substitua-o em um processo constante de ritual. Algo como se o magista em pessoa tivesse 24 horas no ritual no momento em que está no período de vivendi. Para este período, utilizo uma forma especial de servidor. Um servidor exclusivo para o vivendi. Mas neste trabalho atual, devido ao objetivo específico que buscamos, não utilizaremos o servidor-vivendi, mas desde já assumo junto ao leitor que as explicações detalhadas quanto a construção e utilização deste servidor serão apresentadas no livro impresso que pretendo criar sobre este material.
Neste caso vamos utilizar uma forma alternativa de selamento:
– Para selar a magick, o magista já somou previamente os números que usou pra procurar o CY de ambos (sal e água) e reduziu para descobrir um terceiro número. Será o número de vezes que irá repetir a frase final: “Este é seu selamento!”
– Levante o recipiente acima da cabeça e declame uma consagração. Eleja um “ser” ou algo a que invocar. Pode ser seu animal-totem, pode ser um ser ilusório, um deus, um santo, um guru, uma boneca Barbie ou algo do gênero.
O importante é proferir a invocação do ser que irá fazer o selamento. Quem sela não é o magista mas a magick é selada por magick. Neste momento, não há mais a participação “física” no processo. E lembre-se que este ser é quem cuidará da continuidade de sua magick enquanto estiver em vivendi. O magista pode, por exemplo, usar o semi-deus “Saliva” para selar a magick. Em um exemplo ilustrativo, uma invocação ficaria mais ou menos assim:
“Em nome do semi-deus Saliva eu selo esta magick de modo que esteja protegida durante todo o período de vivendi e que se potencialize e cada minuto até o final.
– Ritual menor do pentagrama ou outro ritual para encerramento.
– Banimento.
Uma observação importante neste processo: A magick ficará “aberta” por um período. Por este motivo, o selamento é indispensável porque garantirá que ela não seja modificada. Mesmo que seu cachorro tome uns goles dela, mesmo que de um chute na bacia e derrube uma parte da água, ela ainda estará ativa, em função do selamento. Por este motivo este procedimento não poderá ser negligenciado.
Vivendi
Dei este nome ao período em que a água com sal estará sendo ativada. Este período será o número maior reduzido, pelo menor reduzido. Por exemplo, Eu somei as letras do primeiro Sigilo-decreto o resultado foi 21, que reduzido foi 3, somei a segunda deu 26, que reduzido foi 8. Diminuindo o número 8 de 3, tenho os 5 dias de vivendi. Os dias em que ficarei com o recipiente de água com sal sempre próximo a mim no local onde durmo todas as noites. Neste período, tenho que procurar direcionar meus sonhos para o “entendimento” do processo mágicko ao qual estou envolvido. E os sonhos passam a ter grande relevância para o desenvolvimento no processo. Devem ser anotados sempre ao acordar. Devem ser valorizados como parte fundamental do processo. E devem ser direcionados para que sejam cocriadores do processo mágicko de forma direta e incisiva.
Por exemplo:
Se quero parar de fumar, vou procurar direcionar meus pensamentos para isso logo antes de dormir.
De preferência, este pensamento deverá ser meu último pensamento antes de dormir.
Desta forma, poderei aproveitar este período de maneira a provocar esta auto-transformação.
Se o magista tem prática em sonhos lúcidos, deverá direcionar seus sonhos para que, neste período, sejam fortalecedores de seu intento. E para que forneçam insights sobre ele. Foi por este motivo que dei o nome de vivendi ao processo. O vivendi é um período importante de solidificação do objetivo e do entendimento do que está ocorrendo. Neste período o propósito deve ser vivenciado a todo momento nas 24 horas do dia, de
referência. Se for parar de fumar, por exemplo, não pode nem passar pela cabeça em fumar em vivendi ou seja, não só os pensamentos. mas as ações devem ser todas dirigidas ao objetivo naquele período.
O propósito é: Estou em um período sagrado para o meu propósito, vou honrá-lo com todas as minhas forças e vou mantê-lo.Este é um período muito importante.
É nele que está a chave do sucesso da Salt Magick e de todos os trabalhos magickos que venho realizando nestes últimos anos. Se o magista desconsiderar este passo, então estará colocando a perder tudo o que trabalhou antes. Tudo perderá valor.
O vivendi é um procedimento que não pode ser descartado do processo.
O magista ficará surpreso com o momentâneo “poder” que este período irá lhe fornecer. As forças que antes eram remotas, agora, neste período, parecem surpreendentemente amplificadas.
Pratique este período de vivendi e incorpore-o ao seus procedimentos mágickos e depois me fale de seus resultados. Tenho certeza que estarão acima do esperado.
Fechamento
Ao termino do período de vivendi, dá-se o fechamento desta poderosa magick. Neste período de vivendi, que não se estenderá nunca por mais de oito dias, o magista já terá experimentado a eficácia de seu intento. No dia em que termina, logo depois de acordar, ele irá recolher os CY’s e queimá-los. Se a bacia utilizada for de metal, ele pode utilizar a própria bacia para queimar os CY’s.
Deve dar descarga no vaso e depois jogar a água com sal com a água em movimento, jogá-la em um rio ou em água corrente. Também deverá limpar a bacia ou recipiente com álcool e guardar EXCLUSIVAMENTE para utilização em magick. É comum que o magista já tenha adquirido algum resultado ao término deste período, porém ainda deve ser observado um período até 7 vezes maior que o vivendi para a consecução final do desejo.
Salt Oracle
É comum a citação de bacias em rituais e processos mágickos, desde os Obis (um Bori com água), no paradigma afro, até as bacias de cobre ou bronze dos cristãos.
Há a utilização de bacias em inúmeros cultos, cerimônias, oferendas, ritos e magicks em geral, nas cerimônias do antigo Egito, rituais celtas, xamânicos, hindus, budistas e muito outros.
Há uma recomendação no “Oráculo de Ifá”, onde o sangue em uma bacia deve ser lançado ao mar, para que se execute determinado procedimento. Mas a bacia, neste caso, é mera coadjuvante. Entretanto a utilização da bacia com água como oráculo é pouco difundida.
São poucos os que sabem que era através de uma bacia com água que Nostradamus fazia as suas profecias. E foi inspirado neste procedimento que eu criei um oráculo com uma bacia com água e sal. Uni Salt Magick, com “Nostradamus” e Scrying, uma técnica muito conhecida pelos membros da religião Wicca.
Logo na minha primeira experiência fui surpreendido com uma letra do tamanho de um palmo que se formou com o sal na bacia. Aquela letra tinha uma ligação direta com minha pergunta e era absolutamente a resposta exata que eu estava esperando.
Depois deste caso, observei desenhos variados, conjuntos de duas e até três letras formados pelo sal.
O mais comum dos casos, em quase 99% deles, o que é observado mesmo são outras mudanças e alterações do sal. Estas são inevitáveis. E é através delas que pude construir um “manual” pessoal de interpretações.
A minha sugestão é que o magista que se interesse em criar um oráculo com água e sal monte suas próprias convenções. Mais ou menos como fazemos quando estamos “educando” um pêndulo.
O magista deve montar sua magick com as “traduções” que pretende obter do oráculo, já previamente combinadas. Eu sugiro que ele comece com o “sim” e “não”, para somente depois de um tempo, partir para assuntos mais específicos e respostas mais elaboradas.
Não pretendo influenciar o magista a seguir meus procedimentos, porque acredito que, com suas ideias, possa avançar até além do ponto onde estou. Pela natureza individual dos meus trabalhos, tenho o hábito de transformar minhas experiências em aplicações exclusivas ao meu universo pessoal. Porém como o objetivo aqui é a apresentação de uma proposta, vou partir deste ponto individual para que o magista monte o seu.
Para facilitar o entendimento, dividimos o trabalho com o oráculo em três partes:
1- Os elementos do oráculo.
2- A construção e consulta ao oráculo.
3- A interpretação do oráculo.
Elementos
Uso sempre a mesma bacia para a consulta. Trata-se de uma bacia simples destas encontradas em R$1,99 de cor preta ou escura. Mas o magista pode utilizar qualquer recipiente para esta finalidade, até mesmo uma embalagem de sorvete ou margarina. Não reutilizo esta bacia para nenhuma outra finalidade.
A utilização de uma bacia escura tem como finalidade contrastar com o sal. Pode ser utilizado elemento mais “nobre” como uma bacia de cobre, bronze ou outro elemento. Imagino que uma bacia de ouro seria muito poderosa.
Quanto ao sal, sempre indico o sal comum de cozinha refinado. Salt Magick, em geral, somente com sal de cozinha, sendo melhor o sal marinho refinado, porém, os mais vagabundos servem tranquilamente. Sal de churrasco, sal grosso ou o sal misturado com qualquer outro elemento somente para casos específicos cujo objetivo demanda uma utilização dirigida. Mas aqui, no oráculo, só funcionou com eficiência o sal refinado com água.
Construção e consulta
A construção consiste na transformação de elementos comuns em elementos mágickos, e a consulta compreende a interação do magista com o oráculo.
O magista mais experiente verá muitas possibilidades na construção do oráculo. Para este eu deixo aberto a sua própria concepção de construção, de acordo com suas preferências.
Para o magista iniciante, apenas como ilustração, passarei algumas dicas sobre como proceder a construção. Uma orientação plausível é no sentido desta construção ser o mais simples possível, posto que os elementos são igualmente simples e comuns. Trata-se de uma adequação apropriada tratá-los com a mesma simplicidade.
Como ponto de partida (sempre lembrando que não há receitas em Chaos Magick) podemos passar um guia:
-Abertura (RMP).
-Gnosis.
-Consagração dos elementos (Sal, água e bacia).
-Comando.
-Pergunta.
-Selamento.
-Vivendi (se a resposta não for “imediata”).
-Fechamento.
Uma rápida apresentação daqueles pontos que diferem do que foi apresentado até agora:
-Abertura: pode ser feita de várias formas, sugiro o RMP mas qualquer outro ritual pode ser feito, desde que se respeite o objetivo principal do RMP que é de fato importante para o sucesso de uma magick. No meu caso, adiciono uma menção à “proteção” (magista e magick) e “abertura multidimencional”, além de uma breve “improve” no censor psíquico e banimento.
-Consagração dos elementos: procure simplificar. Você pode lançar mão de algum paradigma específico e formar um mote pessoal para consagrar os elementos, mas procure sempre coerência em tudo que for fazer, e isso serve pra tudo. Você pode, por exemplo, se imaginar uma Pitonisa entrando em Delfos e consagrar seus elementos para Apolo, mas fique atento ao panteão grego observando a coerência com todos os pontos da magick. Não é aconselhável trabalhar com Apolo e se associar a um animal totem como uma cobra ou serpente, por exemplo. Pesquise sempre!
Uma outra alternativa é consagrar a Odin e entregar os elementos com a declaração “Cabeça de Mimir” para que você leve a Asgard, ou a ele.
-Comando: O comando deverá ser feito com antecedência e consiste basicamente na aplicação da convenção. Por exemplo, o magista conversa com o sal e lhe aplica um comando específico como: “Suma” se for sim! E “Estoure” se for não! (consulte abaixo alguns exemplos de reações do sal) Procure inicialmente estabelecer esta relação com o oráculo. Antes de sua primeira consulta. O magista deve deixar que o oráculo “converse” com ele. Por este motivo é melhor deixar que ele apresente a sua resposta ideal. E devem se tentar várias vezes até que se tenha uma resposta padrão. No início, quando estava ainda no momento das convenções, as respostas eram quase sempre as mesmas. Somente depois de um período que comecei a obter resultados diferentes para respostas diferentes, até que finalmente estabeleci um padrão. Neste momento, percebi que estava pronto para utilizar o oráculo para divinação.
Interpretação
No momento crucial do trabalho com o oráculo, é necessário que se estabeleça com total precisão como será constituída a relação do magista com o oráculo.
O ideal é que se estabeleça um procedimento que não varie muito depois que tiver realizado o trabalho pela primeira vez. Por este motivo, é melhor que o magista procure estudar bastante, analisar bem antes de iniciar o trabalho e não ter medo de eliminar ou acrescentar alguns pontos que achar necessário caso algo não corra bem.
Primeiramente é importante ressaltar que perguntas mais complexas ao oráculo, não serão respondidas de forma imediata. Por este motivo, as respostas como “O que devo fazer hoje à tarde” devem excluir o período de vivendi. O tempo mínimo para uma resposta complexa é de 24 horas, sendo o de 48 a 72 o ideal e, para casos mais complexos, a resposta em 7 dias é altamente eficaz. Não mais do que isto. Em um tempo prolongado, o sal tende a modificar e variar sua apresentação, anulando o trabalho.
Reações do sal
O sal sempre irá apresentar alguma reação quando deixado em contato com a água por algum período. A interpretação destas reações é que me levaram a criar uma forma de descobrir algo a partir deste ponto. E não demorei muito para obter bons resultados nestas interpretações. Basta ter disposição para testar.
Apresento aqui algumas reações possíveis com o sal, ao menos as que ocorrem em 99% dos casos. Mas é evidente que podem ocorrer reações diferentes do que estas. Em conversa com um dos mestres de jogos de “Caos o Jogo”, ao realizar esta experiência, apareceu pequenos insetos em torno da água, sendo que não havia incidência de insetos em sua residência. De alguma forma, o sal trouxe “vida e vento” ao seu oráculo, o que pode ser interpretado de acordo com o entendimento e a psique do magista. Lamentavelmente, não pudemos desenvolver o processo como queríamos, mas a experiência foi válida. Neste trabalho, estou apresentando algumas alternativas, mas o magista pode ser surpreendido com resultados bem diferentes. Essas alterações só serão verificadas em um período acima de 24
horas.
Meu sal:
1- “Estourou” – O sal forma algo parecido com uma espuma densa que sai da água, alojando nas paredes do recipiente e pode inclusive sair para além da parede interior, indo para a parte de fora do recipiente.
2- “Sumiu” – Em pouco tempo não há mais nada além de água no recipiente, dando a idéia de que o sal desapareceu.
3- “Desenhou” – Há várias possibilidades neste caso. O sal apresenta desenhos como círculos, formas geométricas variadas e até mesmo alguns desenhos que lembram animais, objetos e fragmentos.
4- “Cristalizou” – Por um período foi observado que ele se condensou ou mesmo formou pequenos flocos ou pequenos pontos. Estes pontos podem assumir formas variadas como pequenos quadrados, círculos, e outros.
5- “Sujou” – Foram verificados pontos de material semelhante à areia na cor negra.
6- “Pintou” – Ele mudou com o tempo a coloração da água, em geral para marrom ou amarelo, ou outra coloração específica que não a negra.
7- “Escreveu” – O sal sugere formações de letras em sua constituição
Vale ressaltar que podem ocorrer duas ou mais reações simultâneas.
Normalmente, as letras aparecem com um tempo maior de reação do sal, até lá ele já pode ter apresentado algumas das reações acima. Todo o sal deixado por um período prolongado tende a cristalizar ou estourar, por este motivo, esteja atento quanto ao período pedido pela magick e não mude ou altere aquilo que já foi designado.
Procure manter o sal, de preferência, longe dos olhos de curiosos, procure não tocar na bacia no período de vivendi e a mantenha sempre em um lugar fixo.
Se verificar que houve alguma alteração “artificial” (alguém mexeu ou tocou, etc.) considere a possibilidade de jogar fora e começar novamente. Uma proposta a ser considerada no momento da observação do sal é utilizar a técnica de scrying, difundida pela religião wicca. Mesmo nos primeiros momentos, quando os CY’s são retirados do batismo, a própria espuma já pode nos contar algumas histórias.
Orientações Gerais
O oráculo é muito eficiente para grandes decisões, para assuntos intrincados e para tarefas que outros oráculos não cumprem. Ele não deve ser subestimado.
Se o magista, durante o período de vivendi, observar apenas uma vez o oráculo, estará vendo apenas um momento da sua pergunta.
O correto é que ele acompanhe a evolução das reações. É nela que obterá respostas incríveis sobre sua pergunta. Numa experiência recente, pedi ao oráculo uma descrição breve dos meus próximos 10 anos de vida. Ele me apresentou um período de vivendi de 5 dias, o que me fez deduzir, que cada dia corresponderia a 2 anos e esta foi uma das mais fantásticas experiências que tive com um oráculo em toda a minha vida. Há muita riqueza de detalhes nas reações que o oráculo apresenta e, por vários momentos, nos deparamos com a estranha sensação de que ele está “vivo”.
Tudo é uma questão de atenção e de capacidade de concentração.
Para respostas imediatas, alguns procedimentos de construção podem ser eliminados. As observações não serão mais voltadas para as alterações do sal, mas para o movimento da água e na forma que o sal adquire imediatamente após a retirada dos CY’s.
Em uma consulta imediata, ou seja, na resposta que é obtida imediatamente após a pergunta feita pelo magista, pode ser eliminado inclusive a construção de CY’s.
Tenho experimentado a utilização de gráficos radiônicos embaixo e acima da bacia, mas ainda não tenho conclusões seguras a respeito. Estou incorporando aos poucos, novos elementos. Mas os que já posso indicar com segurança é que a utilização de uma pirâmide de cobre como selamento, tanto para o oráculo como para Salt magick é muito eficiente.
Na utilização do oráculo, tive bons resultados com o Oscilógrafo e o Losango Solar, utilizados em momentos específicos.
O turbilhão com um cristal de hematita, associados com objetivo de esclarecer uma dúvida (pedra sobre o gráfico e gráfico sobre a bacia) foi 100% eficiente na utilização do oráculo.
Em Salt magick, a incorporação de cristais dentro da bacia com a água e o sal serviu como potencializador e acelerador.
Estou constantemente tentando novos elementos, misturando outros elementos ao sal, como óleo de cozinha. Foi uma das alternativas que não deu certo. Também não é bom mexer ou agitar a água. O que percebo é que, em silêncio ele trabalha melhor.
Experimentei gravar o mantra e reproduzir através de um mp3 próximo a bacia por um período de 12 horas, aproximadamente. Apesar de ter tentado somente uma vez, o resultado foi positivo.
Num contraponto a uma magick específica, eu desenhei quatro runas em um cubo de açúcar e coloquei para que dissolvesse na água com sal e o resultado foi positivo.
Elementos como pó de ferro trouxeram grandes resultados ao oráculo, mas é necessário que ele esteja bem limpo. E não se esqueça que ele não poderá cobrir o sal O ideal é que o pó de ferro seja despejado com cuidado, de preferência em formato de espiral, mas tenha cautela pra que seja sempre limpo. Colocando o pó de ferro (limalha) sem limpar previamente, ele suja a bacia, formando uma crosta negra na superfície da água.
A ideia é esta: experimentar, testar.
É só a partir deste ponto que podemos comemorar bons resultados.
Considerações Finais
O autor declara que não possui nenhuma ligação com grupos, sociedades, pactos, ordens ou qualquer organização representativa, sendo um magista independente.
Como já alertado, este material foi confeccionado e dedicado aos magistas do Caos que já possuem algum conhecimento e familiaridade com os conceitos básicos praticados neste meta-sistema. Caso o leitor ainda não conheça ou tenha interesse em se aprofundar, indico a participação na comunidade Magia do Caos, na qual sou moderador no Orkut ou na lista Kaos Brasil do Yahoo. Ambos são canais que divulgam e discutem Chaos Magick.
Você também pode acessar http://www.magiadocaos.blogspot.com/ ou enviar um e-mail para [email protected]
Porém, se tens alguma dúvida sobre o que está escrito aqui, só será atendido por meio da lista ou da comunidade, ao chegar lá, seguramente encontrará sua resposta, muitas vezes, já respondida à outra pessoa.
Uma Mensagem
Estou muito satisfeito com o resultado final e com o objetivo almejado com este trabalho que é compartilhar este caminho que trilhei até aqui e mostrar um pouco sobre como uma interpretação de um metasistema, tido por muitos como “limitado” e fonte de muito preconceito, pode ser útil na obtenção de novos procedimentos em magick.
Foi necessário grande desprendimento para que este material chegasse até suas mãos de forma simples e gratuita, porque em um país como o Brasil, as influências que recebemos não são nada favoráveis quando o assunto é fazer algo ao próximo no que tange ao desenvolvimento pessoal.
O que se oferece neste país de forma gratuita são apenas migalhas. Apenas repetições mal acabadas de um “bolsa-família” genérico.
E ainda enfrentamos a dificuldade de pagar caro por informação de quinta.
Minha luta agora será mostrar às editoras a viabilidade de editar este material completo com todos os assuntos não abordados e com detalhamento bem mais aprofundado, visando aumentar a facilidade de entendimento para o leigo.
Há muitos pontos deste material que necessitam de maior elucidação. E em um edição impressa, seria fundamental o
desenvolvimento mais detalhado destes pontos como, por exemplo a proposta de montar um servidor para o vivendi, que citei, mas não desenvolvi neste material e pretendo fazê-lo no impresso.
Porém, depois de tantas portas na cara, a publicação que chega agora na sua mão é também uma forma de protesto.
Protesto quanto a inviabilidade de editar e distribuir por conta própria este material e por saber que ainda imperam nos círculos editoriais as frivolidades dos livretos de auto-ajuda, em sua maioria norteamericanos, no estilo “mentalize e terá”.
Protesto quando ao limo obscuro em que são condenados os autores sobre magick no país, sendo necessário para muitos a filiação a alguma religião ou “ordem” para que possam ver seus trabalhos serem reconhecidos ou a diminuição e fragmentação de suas idéias para que possam ser inseridas em algum almanaque esotérico de banca de jornal. A intenção agora está focada na impressão de um material completo, nem que seja para distribuição entre amigos e disponibilização em bibliotecas públicas pelo país. Se você se interessou, pode nos ajudar, entrando no site, na comunidade do orkut ou conversando por e-mail para buscar mais informações sobre a versão impressa.
Neste ínterim, deleite-se. Tudo o que está aqui é inteiramente voltado para seu crescimento e desenvolvimento como magista.
Isto é CAOS!
SatA
25 de dezembro de 2009