Consagração Caótica de Círculo

Necessita-se de um sino ou de qualquer outro instrumento musical que crie um som ressoante e penetrante. Precisa-se também de três recipientes. Um deles possui água, outro sal, e o terceiro está vazio, para receber a água e o sal. Este ritual é escrito para um grupo de no mínimo três operadores. a consagração

1. Um oficiante segura o recipiente contendo água, outro o que contém sal. O terceiro operador, que dirá os nomes para as oito direções, segura o recipiente vazio, no centro.

2. Todos os oficiantes iniciam uma meditação curta no conceito de um Universo imanifesto ou não-vivo (o Plano que não possui dualidade, e portanto nenhum potencial de mudança).

3. O terceiro oficiante diz Olá para os que seguram a água e o sal. Estes oficiantes respondem a essa abertura em uníssono, dizendo Sim, Olá.

4. Os recipientes de sal e água são derramados simultaneamente no recipiente vazio segurado pelo terceiro (ou principal) oficiante, e todos os operadores proclamam o nascimento da dualidade com o nome THANATEROS!.

5. O terceiro oficiante (TO) dá um passo a frente na direção em que está virado, e lança gotas da água salgada enquanto o sino é tocado, e invoca: CAOS-PSIQUE! Visualização por todos os operadores: A entidade antropomórfica do Caos como um velho ou um vasto e escuro oceano, unido a uma mulher jovem (ou ao vento sobre as ondas), representando consciência e intelecto (ou razão), impondo Ordem sobre o Caos.

6. Virando 45 graus para a esquerda, o TO lança gotas da água salgada, toca-se o sino, e ele proclama: TIAMAT-MARDUK! Uma enorme deusa dragão-serpente das profundezas oceânicas; e um deus brilhante armado com uma espada, que pretende cortar a serpente em pedaços iguais e ordenados.

7. Virando-se novamente 45 graus para a esquerda, o TO lança a água nesta direção e proclama: NOKOMIS- MICHABO! Uma Avó, de quem se deriva a Água da Vida, que alimenta plantas, animais e a humanidade em seu seio; e uma Grande Lebre Antropomórfica, que é o pai da humanidade e o pastor ou rei de todos os animais.

8. Virando 45 graus para a esquerda, o terceiro oficiante proclama, espargindo a água salgada, enquanto se toca o sino: JEHESHUA-LUCIFER! Um homem de cabelo comprido, pendurado nu em uma cruz, representando o auto-sacrifício; e um ser generoso que carrega uma tocha, representando gnosis e conhecimento.

9. Da mesma forma anterior o TO proclama: ODHINN-LOKI! Um mal-definido Deus Xamã de ar paternal, e um zombeteiro, que pode sem problemas assumir qualquer forma.

10. O TO vira-se, proclama e esparge com os nomes: SET-RÁ! Um chacal ou qualquer outro deus com cabeça de cão que se ligue ao deserto, à escuridão e ao caos, unido a um deus solar de cabeça de falcão com atributos de fertilidade, luz e ordem premeditada e consciente. 11. 45 graus para a esquerda, e o mesmo: SHIVA-KALI! Um par aterrador de divindades trancadas em um abraço infinito. Shiva é o criador & destruidor de tudo, e Kali é a deusa da luxúria e da morte.

12. Novamente, mais 45 graus para a esquerda e o anúncio: BAPHOMET- CHORONZON! Uma divindade composta representando, respeitosamente, todas as formas possíveis de manifestação, auto-identificação, percepção ou fantasias.

13. Todos os oficiantes confirmam a reserva do espaço assim que o TO retorna à sua posição original e afirma: Acreditamos que este espaço está sacramentado! Assim termina o rito preliminar.

Para a preparação da câmara ritual



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