Efeito Zenão

Tenha fé, acredite que já conseguiu e siga em diante, pois caso contrário irá paralisar tudo

Você tem boas ideias. Pensa positivo. Constrói imagens em seu inconsciente; mas não consegue materializar seus sonhos. Quer saber por que isso acontece? Primeiramente, é preciso ter conhecimento sobre o Efeito Zeno Quântico ou Efeito Zenão.

Para conceituar o efeito “Zenão”, é preciso nos remetermos ao filósofo que deu o nome para este efeito e o porquê de a física quântica utilizá-lo nos dias atuais. Rosana B. L. Bouleh explica que Zenão de Eleia foi um filósofo pré-socrático da filosofia grega, considerado por Aristóteles como o criador da dialética, pois ele criava paradoxos ao invés de contestar de forma direta as teses das quais discordava. “Um dos seus paradoxos mais complexos baseava-se em provar que o movimento não existe. Dentro desse contexto, existe o paradoxo da flecha imóvel que consiste em afirmar que uma fecha em voo está a qualquer instante em repouso, pois do contrário ocuparia vários instantes ao mesmo tempo, o que seria impossível. Ou seja, se o tempo é feito de uma pluralidade de instantes, a flecha estaria a todo instante imóvel”, pontua.

A física quântica utiliza o efeito quântico “Zenão” (EZQ) para reforçar a ideia do observador, ou seja, cada vez que nós observamos um sistema ou o medimos, ocorre o colapso da onda quântica. O sistema paralisa. “Um exemplo comum dentro da física quântica poderia ser explicado pelo decaimento atômico: se medíssemos a cada hora quantos átomos decairiam, é muito provável que 50% o teriam feito. Porém, se passássemos a medir o decaimento por minuto, ao final de uma hora, somente 1% o faria. É possível que, se continuássemos a observar, nenhum deles decairia. Isso fisicamente indica que a nossa observação constante congela o estado quântico do sistema”, afirma Rosana.

O efeito Zenão é o ato de observar/pensar/focar constantemente naquilo que desejamos, paralisando/congelando, dessa forma, o processo de materialização.

O ser humano entrou na era do autoconhecimento. Diversos são os textos que falam sobre o pensamento positivo, física quântica, campo etérico, Lei da atração, afirmações positivas etc. Porém, poucos são os que realmente conseguem extrair algum ensinamento de ordem prática, mudando efetivamente os seus parâmetros e consequentemente a sua vida para melhor. “A explicação vem gradativa, na medida em que a ciência vai evoluindo e os seus experimentos vão sendo compartilhados com o público do senso comum. O colapso da função de onda, se explicado em termos quânticos, a maioria da sociedade não conseguiria entender. Porém, não precisamos entender o decaimento atômico para colapsar os nossos sonhos. Basta que nós entendamos que, se pensarmos em algo com toda a fé, acreditarmos que já a possuímos e a sentirmos com 100% das nossas emoções, precisamos em seguida soltar/esquecer. Ou seja, entender que o processo já aconteceu. Não podemos passar 24 horas do dia aguardando o acontecimento, como se duvidássemos que ele vai acontecer. O efeito Zenão ensina que no momento em que estamos pensando ou focando em algo, congelamos o seu processo de materialização. Não vem nunca! É paradoxal, porém é preciso soltar para vir”, explica Rosana

Não adianta fazer a fórmula toda: “pensar acreditar = sentir”, se você não SOLTAR. É aquela história do carro na garagem: você pediu, imaginou os detalhes, acreditou que ele é real, criou tudo que vai poder fazer com ele e depois sentiu-se feliz por já possuir aquele automóvel. Porém, a cada uma hora vai ver se ele já está na garagem ou, em todas as oportunidades, você fala dele. Isso significa que está ansioso pelos resultados, e ansiedade envia mensagem de carência para o universo, de que algo está faltando e que tem de acontecer, não a mensagem de que já possui. Dessa forma, podemos concluir que a nossa ansiedade de que o processo se conclua e conceba logo, trava/paralisa a manifestação dos nossos sonhos, pois envia uma mensagem de carência/falta para o universo, fazendo com que tenhamos de recomeçar todo o processo de novo”.

• Postado no 24 de abril de 2024
• Postado por Rafael Zen
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